Durante um evento em Bacabal, o governador Carlos Brandão (PSB) deu uma declaração que acendeu os bastidores da política maranhense. Sem citar nomes, ele deixou um claro recado sobre a sucessão estadual de 2026: “Não vou entregar para quem não pode fazer um bom governo. Tem que ser alguém afinado com os nossos amigos. Não adianta entregar o governo para quem vai perseguir nossos aliados, para quem não sabe tocar o governo.”
A fala repercutiu como um sinal direto a aliados e possíveis pré-candidatos ao governo, mostrando que Brandão quer alguém da sua confiança e alinhado com seu grupo político para sucedê-lo. A frase “não adianta entregar para quem vai perseguir” foi interpretada por muitos como um alerta a figuras que, embora estejam próximas hoje, podem não seguir a linha política do atual governador no futuro.
Internamente, o governador tem evitado abrir o jogo sobre sua posição em 2026. Há duas possibilidades em discussão. Ele pode disputar o Senado, abrindo mão do governo como fez Flávio Dino em 2022. Ou pode decidir ficar até o fim do mandato, abrindo espaço para construir com mais calma o nome de seu sucessor.
Nesse cenário, cresce a especulação de que, caso Brandão permaneça até o fim, o nome de Felipe Camarão, atual vice-governador, pode perder força dentro do próprio grupo. Fontes palacianas apontam que, nesse caso, um novo nome pode surgir como favorito com o aval do governador.
A fala enigmática de Brandão, portanto, não foi só um discurso de ocasião. Foi um recado direto ao seu grupo. 2026 está logo ali, e quem quiser o bastão vai ter que mostrar lealdade e capacidade de governar sem perseguir aliados. O jogo está apenas começando.