O Tribunal de Contas da União deu uma verdadeira lapada na gestão passada de Afonso Cunha. O ex-prefeito Arquimedes Américo Bacelar foi oficialmente responsabilizado por simplesmente não prestar contas dos recursos federais repassados ao município. Isso mesmo, o dinheiro entrou, mas as explicações nunca apareceram.
O caso é tão grave que o TCU teve que abrir uma Tomada de Contas Especial, porque o ex-gestor não apresentou uma única prova de que o dinheiro público teve destino correto. Nada. Nem nota fiscal, nem relatório, nem justificativa técnica. Um verdadeiro buraco negro administrativo, e quem paga a conta é sempre a população.
A decisão do tribunal, registrada no acórdão 6671/2025, não deixa margem para dúvidas: houve omissão total, caracterizada como culpa grave. Ou seja, não foi descuido, foi irresponsabilidade mesmo.
O QUE O TCU DETERMINOU
A pancada veio pesada:
Arquimedes terá que devolver cada centavo recebido para ações emergenciais;
O valor será atualizado e corrigido;
Ainda levou uma multa;
A AGU será acionada para cobrar via Justiça;
A CGU vai registrar o nome dele no cadastro de contas irregulares;
E o Ministério da Integração já foi comunicado para tomar providências.
Além disso, o saldo ainda existente na conta do convênio foi bloqueado imediatamente.
Porque estamos falando de recursos emergenciais, verbas que deveriam ter sido usadas para proteger, atender e socorrer moradores em situações críticas. Quando um prefeito deixa de prestar contas desse tipo de recurso, a suspeita é óbvia: ou não fez, ou não quer mostrar o que fez. E nenhuma das duas hipóteses é boa.
Arquimedes Bacelar fecha a semana como mais um ex-gestor do Maranhão pego em irregularidade grave com dinheiro federal. O TCU não perdoou, e a cobrança vem forte.

