De olho nas eleições de 2026, o ex-prefeito de São Luís, Eduardo Braide, começa a se movimentar nos bastidores como pretenso nome para disputar o cargo de governador do Maranhão.
No entanto, a caminhada rumo ao Palácio dos Leões pode ser mais difícil do que parece, e não apenas pelos desafios comuns a qualquer campanha de governo.
O primeiro grande entrave para Braide é sua limitada base política. Fora da região metropolitana de São Luís, sua presença política é praticamente nula. Sem capilaridade no interior do estado, qualquer projeto de governo corre sérios riscos de naufragar antes mesmo de ganhar tração.
Mas o segundo obstáculo, e talvez o mais curioso, atende pelo nome de Luciano Leitoa.
O ex-prefeito de Timon tem acumulado uma sequência de derrotas políticas, que nos bastidores já é chamado de “Mick Jagger da política maranhense”. A fama vem da superstição que cerca o vocalista dos Rolling Stones, associado a derrotas dos times que apoia. No caso de Luciano, o padrão parece semelhante.
Candidato a deputado estadual em 2022, Luciano passou longe de se eleger, uma performance que beirou o vexame. Como se não bastasse, foi coordenador da campanha da ex-prefeita Dinair Veloso em Timon, que acabou derrotada por Rafael Brito nas eleições de 2024.
Agora, Luciano planeja tentar novamente uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026. E, curiosamente, surge como figura próxima de Eduardo Braide, o que acendeu o alerta vermelho nos corredores da política maranhense.
Caso Braide confirme sua candidatura ao governo, terá de renunciar ao cargo de prefeito da capital, uma jogada de alto risco. Se perder, ficará sem mandato e, possivelmente, sem força política. O mesmo roteiro vivido por Luciano Leitoa após sua sucessão de derrotas.
Resta a pergunta: será Eduardo Braide a próxima vítima da maré de azar de Luciano Leitoa?
