A Prefeitura de Matões resolveu investir pesado em uma única apresentação. O cantor Wesley Safadão foi confirmado como atração principal do XIX Matões Fest, com show marcado para o dia 31 de agosto.
Até aí, tudo bem. O detalhe é o cachê do artista, que vai custar nada menos que R$ 1.200.000,00 aos cofres públicos.
O contrato fechado entre a Secretaria Municipal de Cultura com a empresa WS Shows LTDA, e entrou no ar via inexigibilidade de licitação, modalidade que permite contratação direta, geralmente por se tratar de nomes exclusivos ou de grande porte.
Mas será que esse é o melhor uso do dinheiro público? Enquanto a cidade ainda enfrenta desafios em áreas básicas como saúde, educação e infraestrutura, a escolha por um show milionário soa, no mínimo, polêmica.
Claro, eventos culturais movimentam a economia e atraem público. Mas será que o custo não está alto demais?
Não se trata de desmerecer o artista. A questão aqui é prioridade. Em tempos onde todo real deveria ser avaliado em que será gasto, gastar mais de R$ 1 milhão em uma única apresentação levanta sim um debate importante.
O show vai acontecer. Mas depois que as luzes do palco se apagarem, a conta vai continuar. E quem paga, como sempre, é o povo.