O Processo de Eleições Direta (PED/2025) do Partido dos Trabalhadores em Timon foi marcado por um episódio inusitado e representativo.
Mais de 170 votos brancos e nulos foram registrados com o nome manuscrito de Paula Selma, militante petista que teve sua candidatura à presidência municipal do partido impedida de constar na cédula oficial de votação.
Mesmo sem “cabeça de chapa” formalizada e com sua candidatura ainda sem deliberação de recursos pelo Diretório Nacional do PT, a base política de Paula Selma demonstrou força nas urnas. Além dos votos simbólicos, sua corrente interna, a Resistência Socialista, foi responsável pela chapa mais votada do PED/2025 no município, superando todas as demais forças partidárias locais.
A manifestação nas urnas representou um claro voto de protesto da militância, que optou por anular ou votar em branco escrevendo o nome da líder política como forma de demonstrar insatisfação com o processo conduzido pela Comissão Organizadora Eleitoral (COE).
Com esse desempenho, a Resistência Socialista passa a ser considerada a maior corrente interna do PT em Timon, garantindo sua presença e influência dentro do diretório municipal.
A semana da eleição foi ainda mais desafiadora para Paula Selma e seus apoiadores. Sua mãe, Raimunda Gomes de Sousa, estava internada no Hospital Rio Poty, em Teresina, e faleceu na madrugada de segunda-feira (07), horas após o fim da votação.
O resultado do PED/2025 em Timon deve repercutir nacionalmente dentro do PT como exemplo de militância ativa, engajada e crítica, que utilizou o voto como ferramenta legítima de posicionamento político.