O grupo do prefeito de Duque Bacelar, Flávio Furtado (PDT), segue em queda livre. Nesta quarta-feira (27), o gestor amargou mais uma baixa de peso: Raimundo Nonato da Silva, o “Raimundinho”, de 55 anos, rompeu oficialmente com a família Furtado, reforçando os relatos de que o clã atravessa a pior crise de sua história política.
A saída de Raimundinho não é uma surpresa para quem acompanha os bastidores. Durante as eleições gerais de 2022, em um comício organizado pelo próprio Flávio Furtado, Raimundinho já havia exposto publicamente os problemas e falhas da atual gestão, em um episódio que até hoje ecoa como símbolo da desunião que se instalou dentro do grupo.
Mesmo com as críticas, a amizade pessoal com o casal Burlamaqui segurou o então vice-prefeito no barco furado da família Furtado. Mas a paciência acabou. Em menos de nove meses do novo governo, Flávio sofreu duas perdas consideradas irreparáveis: primeiro, a debandada de seu principal aliado, o vereador Betim do Sacolão (PDT); agora, a saída de Raimundinho, ex-vereador de dois mandatos e até então vice-prefeito.
A debandada escancara o fracasso da articulação política do prefeito, que se vê cada vez mais isolado. Fontes ligadas à oposição já adiantam: novas deserções estão por vir nos próximos dias, aprofundando o colapso do grupo Furtado e ampliando o desgaste de Flávio junto à população bacelarense.
O que se vê em Duque Bacelar é um governo cercado por crises, traições e promessas não cumpridas. O castelo político da família Furtado, que já foi símbolo de força na região, hoje dá sinais claros de ruína.