Enquanto a bancada maranhense despejou quase R$ 1 bilhão em emendas PIX nos últimos quatro anos, um nome chama atenção pelo tamanho da contradição: Paulo Marinho Júnior.
Em rápida passagem pela Câmara dos Deputados, o suplente conseguiu destinar nada menos que R$ 18,4 milhões nessa modalidade de repasse, mas não moveu um centavo para Caxias, sua própria cidade.
A incoerência salta aos olhos. Mesmo se apresentando como voz de oposição e se colocando como defensor dos interesses do município, Paulo Marinho Júnior não garantiu recursos para a população caxiense.
Enquanto outros parlamentares priorizaram suas bases, como Amanda Gentil, que direcionou parte de seus R$ 15,7 milhões justamente para Caxias, administrada na época por seu pai, o ex-prefeito Fábio Gentil, Paulo Marinho Júnior preferiu destinar suas emendas para outros cantos, deixando sua terra natal de fora.
O caso expõe o vazio de um discurso político que não encontra respaldo na prática. Afinal, como explicar que um deputado que se apresenta como representante de Caxias não tenha aproveitado a oportunidade de alocar recursos para a cidade?
Em tempos em que o STF e órgãos de controle já investigam o uso indiscriminado das emendas PIX, a falta de transparência sobre o destino dos R$ 18,4 milhões de Paulo Marinho Júnior reforça ainda mais as dúvidas sobre suas reais prioridades.
Caxias ficou sem nada. O povo, mais uma vez, apenas com promessas.