Após pressão e polêmica, prefeito de Afonso Cunha extingue gabinete da própria esposa

Blog Lucas Moura
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O prefeito de Afonso Cunha, Pedro Ferreira Medeiros (PL), foi obrigado a recuar e extinguir o gabinete da própria esposa, que havia criado há apenas 43 dias, após forte repercussão negativa e indignação popular.


A revogação da Lei nº 377/2024, que criou o polêmico “Gabinete da Primeira-Dama”, foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal, em regime de urgência, na sessão da última sexta-feira (24). O gesto mostra o tamanho do desgaste político enfrentado pelo prefeito diante da pressão da sociedade e da clara rejeição ao privilégio criado dentro da própria prefeitura.


O gabinete da esposa do prefeito tinha uma fatia generosa do orçamento público: nada menos que 3% de tudo que o município recebe do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), um valor que, para 2025, supera R$ 14 milhões, o que representaria quase meio milhão de reais por mês apenas para sustentar o novo órgão.


Na justificativa para a revogação, o prefeito alegou que o fechamento do gabinete se deu após uma “reavaliação da estrutura administrativa do município”. Na prática, o que se viu foi um ato de contenção de danos, após a repercussão negativa e a acusação de nepotismo escancarado.


Com a extinção do gabinete, todos os cargos criados para o setor também foram anulados, e os recursos devem ser remanejados para outras secretarias. A decisão representa um recúo forçado de Pedro Medeiros, que tentou transformar a estrutura da prefeitura em cabide de empregos para familiares, mas acabou sendo desmascarado e pressionado a voltar atrás.

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