O retrato da política é este: desigual, seletivo e marcado pela ingratidão. Enquanto uns são servidos com os melhores cargos, espaços e privilégios, outros recebem apenas a sobra da sobra, reduzidos a viver de migalhas políticas que lhes são jogadas como favor, isso quando dão...
Uma prefeitura, que deveria ser a casa do povo, virou moeda de troca. Grandes empresários, que investiram pesado no atual mandatário, agora colhem lucros e vantagens. Em contrapartida, aqueles que realmente ajudaram a pavimentar o caminho até o poder foram ignorados, esquecidos, descartados como peças velhas de um tabuleiro político.
O mandatário, que prometia renovação e compromisso com a base, virou as costas para quem o sustentou em momentos decisivos. Hoje, mostra-se refém dos acordos de bastidores e prisioneiro de interesses privados.
Essa é a face nua da política: a recompensa não vai para quem constrói, mas para quem compra. E enquanto uns se banquetearam no poder, muitos ficam à margem, alimentados apenas com migalhas, testemunhando a traição e o abandono.
