Era uma vez, nas terras quentes do Maranhão, um menino chamado Luciano, que nasceu com uma coroa invisível. Forjada no ouro do sobrenome e polida nos gabinetes do poder, essa coroa o acompanhou desde cedo. Aprendeu que mandar era mais fácil que fazer e que prometer era mais cômodo que cumprir.
Quando chegou sua vez de governar Timon, subiu ao trono com pompa e promessas. Oito anos se passaram — e nada de reinos transformados, ruas consertadas ou sonhos realizados. O rei estava ocupado demais polindo a própria coroa para sujar as mãos com o barro da cidade.
Mas o tempo, implacável, derruba até reis. O mandato acabou, a coroa caiu, e Luciano descobriu que ser rei sem reino é só ser homem comum com saudades do trono. Agora, do alto de seu exílio digital, ele governa um império de posts e stories, decretando no Instagram o que não fez na prefeitura.
Ironicamente, quem não soube resolver quando podia, hoje ensina como resolver quando não pode. Rafael Brito, o novo prefeito, é seu alvo preferido. O ex-governante que não entregou nada agora cobra entregas, como se a sabedoria tivesse vindo no pacote da derrota.
Mas Timon lembra. O povo não sofre de amnésia política. As ruas, as escolas e os sonhos ainda contam a história que ele tenta reescrever nas redes sociais.
No fim, Luciano Leitoa é só mais um personagem da velha fábula brasileira: o político que confunde sobrenome com competência e cargo com talento. Um reizinho que perdeu o reino, mas não as manias da realeza.
E assim segue, ditando regras para um trono que já não é seu. A pergunta que ecoa nas ruas é simples: Se sabia tanto, Reizinho Mandão, por que não fez quando era sua vez?
Timon não esquece. E a história, muito menos.