Em uma cidade da região leste do Maranhão, onde o sol é quente mas o ego de alguns é ainda mais abrasador, surgiu uma nova constelação: a estrela da escola municipal.
Não estamos falando de mérito, talento ou liderança de verdade. Estamos falando daquele tipo raro de celebridade local, o contratado terceirizado que acredita ser CEO da educação brasileira.
Sim, ele mesmo. O funcionário que por algum mistério do universo ou falta de espelhos acredita ser mais importante que o diretor, o prefeito e o governador tudo junto. Tenta mandar, desmanda, aponta dedos e faz questão de menosprezar colegas de trabalho como se isso viesse com o crachá.
Dizem que ele se acha a última Coca-Cola gelada do deserto mas, sinceramente, deve estar quente, sem gás e vencida. Apesar de estar no mesmo cargo que os demais, acredita que flutua sobre nuvens de superioridade. Acha que o mundo gira ao seu redor quando, na verdade, ele só gira mesmo quando o ventilador está ligado.
Se ao menos ele cantasse bem talvez pudesse sonhar com um lugar ao lado de Pablo do Arrocha. Mas nem humildade pra isso ele tem. E olha que essa qualidade não precisa de afinação, só de caráter.
Enquanto isso, a comunidade escolar observa de longe esperando o momento em que essa estrela cadente finalmente caia na real. Porque aqui na Terra, respeito ainda brilha mais do que qualquer vaidade.