O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), está descobrindo da pior forma que o Maranhão vai além da ponte do Estreito dos Mosquitos. Pré-candidato ao Governo do Estado em 2026, Braide teve desempenho vexatório em uma pesquisa realizada no município de Timon, onde seus índices de intenção de voto mal passam da margem do constrangimento.
Levantamento do Instituto Econométrica, feito nos dias 5 e 6 de maio, mostra que, na pesquisa espontânea, Braide aparece com apenas 3,8% das intenções de voto. Na estimulada, sobe um pouco, mas continua patinando: 10,7%.
O resultado virou munição para adversários. O ex-prefeito de Timon, Luciano Leitoa, questionou a ausência de Braide em pesquisas anteriores. Agora, com os números em mãos, talvez ele mesmo esteja arrependido de ter pedido.
Fato é que, fora de São Luís, Braide parece ter dificuldades para ser reconhecido. E não estamos falando de prestígio político, mas literalmente de ser lembrado. O favoritismo que ostenta na capital não acompanha o gestor quando ele atravessa os limites da ilha. Na região metropolitana, é o "homem forte". No interior, um ilustre desconhecido.
A pré-campanha de Braide já tem um alerta vermelho piscando. Ser leão em São Luís não é o suficiente para conquistar o Palácio dos Leões. É preciso mais do que capital para governar um estado com 217 municípios. E, se depender de Timon, Braide vai precisar de GPS, mapa político e muita reza.
Enquanto isso, o interior do Maranhão segue dizendo: “Braide quem?”
