O prefeito de Duque Bacelar, Flávio Furtado, tem perdido noites de sono após ver sua base na Câmara diminuir drasticamente, correndo o risco de ficar apenas com o presidente e o vice-presidente do Legislativo ao seu lado.
Após o rompimento do vereador Betim do Sacolão, até então líder do governo na Câmara, Flávio convocou uma reunião de emergência e colocou os aliados e contratados ligados a Betim contra a parede.
Desde que foi reeleito, Flávio Furtado deixou de administrar a prefeitura para se dedicar aos seus negócios particulares, que vão de posto de gasolina à criação de gado, com uso de pivô para irrigação puxando água do Rio Parnaíba. Enquanto enche os próprios bolsos, esquece os compromissos políticos e abandona os aliados que o ajudaram a chegar ao poder.
A gestão municipal está cercada por escândalos, e a qualquer momento uma bomba pode explodir. Enquanto isso, o prefeito assiste, impotente, ao assédio da oposição sobre os poucos vereadores que ainda restam na sua base, correndo o sério risco de ficar isolado politicamente.
Na reunião, ficou decidido que os eleitores ligados a Betim não seriam demitidos, com exceção dos familiares. No entanto, os que permanecerem deverão, a partir de agora, seguir outro vereador indicado pelo próprio prefeito.
A tensão política em Duque Bacelar é cada vez mais evidente. Pressão e rompimentos marcam o fim do ciclo de Flávio Furtado no poder.