Caxias, que já foi lugar de grandes lutas por liberdade e democracia, parece estar regredindo aos tempos sombrios do coronelismo. Quem ousa levantar a voz contra a gestão do prefeito Gentil Neto agora corre riscos reais e a prova disso é o caso revoltante do caxiense Roberto Rocha.
Conhecido por fiscalizar de perto a administração municipal e denunciar as mazelas que muitos fingem não ver, Roberto tem sido uma pedra no sapato do governo Gentil. Nos últimos dias, ele trouxe à tona denúncias graves sobre o suposto desvio de recursos públicos, incluindo combustível da Prefeitura, além de relatar humilhações e perseguições contra servidores públicos dentro da própria estrutura de gestão.
Mas como em toda história de coronéis, a resposta veio na base da intimidação. Roberto Rocha passou a receber ameaças pelas redes sociais, por meio de perfis falsos, em tom claro de violência e intimidação. Para piorar, um áudio divulgado por ele mostra uma ameaça direta, vinda ninguém menos que do padrasto do prefeito Gentil Neto. Isso mesmo: o núcleo familiar do prefeito envolvido em ameaças explícitas a quem ousa denunciar.
Diante das ameaças à sua integridade física, Roberto não se calou, procurou a Polícia Federal, que agora investiga o caso. As mensagens estão sendo periciadas, e o caxiense já deve contar com proteção policial. A era da impunidade digital está com os dias contados, e quem aposta no anonimato para cometer crimes pode acabar atrás das grades.
Enquanto isso, o Ministério Público também está de olho. Chovem denúncias contra a gestão Gentil Neto. Segundo fontes, podem explodir como bombas de efeito devastador para o prefeito e seu grupo político.
Caxias vive dias tensos. A pergunta que fica é: Gentil Neto é mesmo esse "bom rapaz" que tenta aparentar ser em frente às câmeras ou estamos diante de um “coronelzinho moderno”, que usa o poder para silenciar e amedrontar?
O povo está de olho. E a verdade, cedo ou tarde, aparece.